sexta-feira, 22 de maio de 2009

Opinião sobre o poema Descalça vai para a fonte

Opa! Olha eu chegando aí, pra comentar sobre esse poema de Camões: "Descalça vai para fonte ".
O autor descreve o simples fato de uma  mulher ir à uma fonte, e a simplicidade dessa, chama sua atenção, mesmo descalça, com um pote na cabeça, ele não deixa de apreciar sua beleza. Não sabemos se ele já a conhecia, se já a observava há algum tempo, mas a questão é que ela não precisou estar vestida com os mais belos vestidos para se tornar a musa inspiradora desse poema, mesmo simples e descalça ela chamou sua atenção.
Cada mínimo detalhe na bela moça, para ele, era mais uma qualidade que ela obtinha. Seu laço na cabeça era para suportar o peso do pote, mas para ele, era um artificio de beleza, se ele pudesse comparar, ele diria que ela era a mais bela de todas as belas, tinha beleza, tinha graça. Em um campo de lindas flores, seria ela que se distacaria, aquela em que um jardineiro teria pena de ao menos podá-la, com medo de que ela morresse e não viesse a nascer mais belas flores como aquela. Era bela, simples e única.
TODO MUNDO ESTA  CONVIDADO A POSTAR NESTE BLOG, E POR FAVOR FAÇA ISSO !!!!!!!!!
 Ramom Bretas Dias XD

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Uma nova visão




 

  Desde que nasceu em mim a “sede” de leitura( e não me pergunte como...), que Camões não é a minha “praia”, ou melhor, poesia não se encontra na minha lista de preferências(apesar de quando criança ter arriscado alguns versinhos, que claro, ficaram horríveis, porque eram rimas do tipo: amor com dor; paixão com caminhão; e por aí vai....).Assim também, há muito tempo e pra muito de nós, poesias de Gregório de Matos(o carma do ano passado pra galera do PISM I) ou Luis Vaz de Camões, são sinônimos de caretice, idiotice, chatice, entre outros. Diante desta nossa concepção, reclamam do nosso gênio difícil falando do pouco faro dos jovens para a verdadeira cultura nacional. Daí então vem a minha crítica(construtiva,ok?!): Temos parte, é claro, nesta reclamação feita a nós, pois na maioria das vezes, relegamos as obras a serem trabalhadas para o segundo plano só pelo nome tradicional do autor. Mas os nossos queridos professores( e eu não estou ironizando...), tem sua parcela de culpa nesta nossa antipatia por Camões e coisas do gênero. Ao invés de optarem por um estudo mais atrativo, escolhem faze-lo de modo cansativo, com trabalhos longos e chatos, que não nos concede outra opção que não seja odiar.

    Bom, mas esta idéia poderia mudar se nossos olhos se voltassem mais  para as belezas do poema em detrimento dos “defeitos” deste. Luis Vaz de Camões em vários de seus poemas traz grandes versões do amor(olha que eu nem sou fã de poesias...), ou até mesmo temas atuais, como o de título “Ao desconcerto do Mundo”.Outro poema belíssimo, especialmente pra os amantes da paixão ardente, pode-se citar o texto “Amor é um fogo que arde sem se ver”. Ou ainda, agora para os fãs do amor paciente, o poema “Sete anos de pastor Jacó servia”, usando de um tema bíblico e transformando em lindos versos. E esses temas, seja de amor ou tempo, trazem as mais diversas mensagens e objetivos.

    Temos, por mais difícil que seja, reconhecer e aplaudir a inspiração  que autores como Camões tem.É sábio reconhecer a complicação que deve ser organizar as mais variadas frases e palavras em sonetos, esquemas rimáticos ou métricas regulares. Ou ainda usar de figuras de linguagem adequadas ao contexto e apartir daí ainda ter que agradar gregos e troianos. Olhando a maior comunidade relacionada a Camões no site de relacionamento Orkut, vi 8.975 pessoas dizerem que são amantes de suas obras. E aí me perguntei: Por que todas elas gostam tanto desse grande personagem da literatura brasileira? E a certificação: alguma coisa ele deve ter de bom, concordam?

      Então, que os nossos olhos sejam menos rigorosos a Camões, nossa mente mais aberta a suas obras, nosso instinto ódio a primeira vista menos aguçados e quem sabe assim, possamos ao final afirmar:

              Não é que esse cara é até legalzinho!

   Oh, que satisfação será!!!!

        Tamires Cristina da Silva

 

Gostaram? Então não deixem de comentar sobre o texto e acompanhar o nosso blog!

 

quarta-feira, 20 de maio de 2009

“Quando o poeta ergueu a espada.”

Pedindo desculpas pelo atraso deste texto (e esperando não perder nota pela pontualidade hehehe) damos início à segunda parte da biografia de Luis de Camões. Em nosso último encontro, prometi contar especialmente em um texto o período militar da vida de nosso poeta.

   Quando era jovem, Camões iniciou sua carreira militar em uma expedição para Ceuta, onde perdeu o olho direito ao ser atingido por uma flecha. Em regresso a Lisboa, Camões declina à vida boêmia (pelo que dizem as “más línguas”) e no feriado de Corpus Christi de 1552 fere em uma briga, Gonçalo Borges (um ilustre desconhecido desses da história) e é preso.

   Ao pedir perdão através de uma carta, o poeta consegue a liberdade, mas embarca em 1553 na armada de Fernão Álvares de Cabral para a cidade de Goa, na Índia. Após esse período, Camões foi enviado para Macau, onde escreveu grande parte de “Os Lusíadas”, morando em uma gruta. Nessa época, acontece também um naufrágio, no qual Camões perde a esposa chinesa Dinamene, conseguindo salvar somente um manuscrito da mais famosa de suas obras.

   Após anos longe de Portugal e algumas suspeitas de corrupção no cargo que exercia na China, Luís Vaz de Camões consegue voltar a sua terra natal, onde vive seus últimos dez anos de vida.

   Enfim, a grande questão que se passa neste ponto do nosso texto é: “Uma vida tão cheia de aventuras e provações teria influenciado na obra literária do maior dos poetas portugueses?”. Pessoalmente, acredito que sim. Uma mente como a de Camões foi capaz de desenvolver textos de grandiosa beleza e riqueza poética, graças à experiência de vida que o homem Luis de Camões acumulou após anos de sofrimento e reflexão sobre as questões de vida, morte, amor e etc...

Opine você também! Diga-nos, você concorda com a afirmação que eu fiz acima? Vamos refletir juntos sobre essa etapa da vida do grande poeta português. Participe deste blog!! Abraços... Renan =D

Descalça vai para a fonte



 
Descalça vai para a fonte
Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.
 
Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.
 
Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.
 
                  Luís de Camões

 

 

 

 

Descalça vai para a fonte, é um poema com métrica em redondilha maior, com três estrofes: uma com três versos e as outras duas com sete versos. As rimas são regulares, em ABB; ABBAABB; ABBAABB. Usa linguagem literária para descrever o modo como uma mulher vai a fonte. Para fazer essa descrição o autor define exatamente como a mulher se vestia e como se portava, descrevendo as suas roupas e o modo como andava.

As imagens do poema, por conta de sua descrição muito detalhista, são bem claras e até óbvias. A todo tempo o leitor é levado a imaginar uma bonita mulher caminhando para uma fonte. A organização do poema quanto o discurso descritivo é definida por primeiramente o tema, depois a descrição propriamente dita e a conclusão.

Amanhã apresentaremos comentários acerca do tema tratado neste mesmo poema!

Por.: Mariana Reis

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Alma minha gentil que te partiste - Analise



1. Alma minha gentil que te partiste
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etério, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te;

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
(Luís Vaz de Camões)


Hoje, dia 18/05 o meu grupo, contendo os seguintes integrantes: Janay (eu), Tamires, Simone, Thallis, Estevão, Jhonatan e Alaxmandriel irá começar a postar estudos, comentários sobre Camões e sua obra até o dia 25/05.
Um breve estudo e comentário sobre o poema acima:
“Alma minha gentil que te partiste”, de Luís Vaz de Camões é um texto argumentativo, do gênero poesia, possui linguagem literária, pois são repletas de palavras conotativas que tendem a pluralidade de sentidos e a subjetividade. A sua organização gráfico visual, ou seja, sua forma é um soneto de rima e métrica regular, cujo esquema rimático é ABBA-ABBA-ABA-ABA.
Neste poema percebe-se o sujeito lírico em primeira pessoa, porém, não é possível distinguir nas palavras do poema se o eu lírico está na forma masculina ou feminina. Este é uma pessoa apaixonada que diante da perda de seu amor está grandemente entristecido, e para exprimir tais sentimentos usa de figuras de linguagem como eufemismo (“Repousa lá no céu”), que suaviza o sentimento real de morte; inversão (“Que já nos olhos meus tão puro viste”); catacrese (“Não te esqueças daquele amor ardente”); e metáfora (“da magoa, sem remédio,de perder-te”). A tristeza do eu-lírico é tão grande que sua argumentação se baseia no pedido de morte, pois assim, ele poderia encontrar a sua amada, objetivando mostrar quanto sofre pela morte desta. O conteúdo, como estratégia discursiva, pode ser dividido em três partes: na primeira é narrado o fato ocorrido, na segunda, o eu lírico lamenta e faz um pedido para a amada e por fim, na terceira parte, ele pede para morrer, para assim se encontrar com o ser que domina os seus sentimentos.
Quanto à concepção de amor, vida e mulher, nós entendemos que a mulher é um ser idealizado (levando em consideração que neste poema o sujeito lírico seja masculino), que merece todo amor do eu-lírico e que a vida não tem razão quando não se pode viver esse amor. As imagens principais vindas na leitura do poema acima são de paixão incessante, olhos, tristeza, entre outras. Nota-se que neste poema, as idéias levam mais a um plano ilusório. É importante também notar que em todas as manifestações de paixão, o amor é colocado como principal fundamento.
Na opinião do grupo, o tema abordado é bem interessante e há uma boa estruturação por trás disso que contribui para o sucesso do poema. São bem usadas as figuras de linguagem, a linguagem literária, o sujeito-lírico entre outros, que em conjunto permitem que se leve uma boa mensagem. E a leitura é agradável e contagiante.

Janay Ceribeli Nascimento e Tamires Cristina da Silva


Se quiser saber mais sobre o poema assista ao vídeo no YouTube

Vida e obra de Camões e programação das postagens do grupo

Dando início à participação do grupo: Renan, Mariana, Juan, Ramom e Victor neste blog, apresentamos o seguinte roteiro de postagens de textos relacionados à vida e obra do poeta Camões:
• 18 de maio de 2009: “Vida e morte de Camões.”
• 19 de maio de 2009: “Quando o poeta ergueu a espada.”
• 20 de maio de 2009: “Propriedades técnicas do poema: ‘Descalça vai para a fonte’.”
• 21 de maio de 2009: “Comentário do poema ‘Descalça vai para a fonte’.”
• 22 de maio de 2009: “Propriedades técnicas do poema ‘Tanto do meu estado me acho incerto’.”
• 23 de maio de 2009: “Comentário do poema ‘Tanto do meu estado me acho incerto’.”
• 24 de maio de 2009: “Camões X Outros autores da época”
• 25 de maio de 2009: “A contemporaneidade dos poemas de Camões”
O grupo espera que o leitor reflita sobre o tema, e por isso, recomenda que acompanhe-nos todos os dias na leitura dos textos neste blog!

Vida e Morte de Camões
Luis Vaz de Camões é considerado por muitos o maior poeta da língua portuguesa, sendo comparado a personalidades como Dante e Shakespeare. Entre outras, a mais conhecida obra do português foi “Os Lusíadas”, publicada em 1572 e famosa por ilustrar parte da história de Portugal.
Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, o poeta possuiu parentesco por parte da família de sua mãe com o próprio Vasco da Gama, talvez isso tenha sido uma das motivações do autor ao escrever “Os Lusíadas”.
Especula-se que, em sua juventude, Camões tenha frequentado a corte de Dom João III, e nessa época teria também conquistado já alguma fama de poeta. Para uma melhor compreensão do período em que Camões atuou na guerrilha, neste momento “saltamos” essa parte da história prometendo contá-la com mais detalhes no próximo texto.
Nos direcionamos agora para o fim que levou o grande poeta. O ano era 1580, e nosso herói já estava de volta para Portugal, após anos longe de sua terra. Os restos mortais do autor se encontram hoje no Mosteiro dos Jerónimos, juntamente com suas armas.
Camões foi sem dúvida um grande autor. Seus poemas são até hoje apreciados por muitos, e inclusive, adotados em provas de vestibular. Ler Camões é de suma importância para o bom entendimento e a boa compreensão da história de Portugal, além de ser um bom auxílio na análise da escola literária do Classicismo.
Por hoje é só. Mas não se esqueça de continuar acompanhando o blog, pois amanhã comentaremos a trajetória militar de Camões e discutir se isso pode ou não ter influenciado em sua obra. Ah, e não deixem e comentar as postagens! Abraço...
Renan Porcaro de Bretas =D